*Tortura*
Amor
Pra que eu preciso?
Se todas as vezes que eu me entreguei
Eu me suicidei
Amor
Pra que eu insisto?
É o outro nome pra inveja que sinto
O quanto eu minto
Amor
É só uma mentira
Uma covardia nossa
Uma ilusão só minha
Você está roubando algo que é meu
Eu só posso ver e chorar
Você está ferindo algo que é meu
Eu só posso sonhar e desejar
Amor
Não significa nada demais...
São fluídos corporais
Nada que me torne capaz
Amor
Você nunca me convenceu
Eu não preciso de você
Eu não quero nem viver
Amor
No meio dos meus dias
Se escondendo entre os cantos
E meu coração atrofia
Você está roubando algo que é meu
Eu só posso ver e chorar
Você está ferindo algo que é meu
Eu só posso sonhar e desejar
Eu te avisei
Eu te avisei
Eu cantei meu refrão pra você
Mas você não quis me esquecer...
- - -
*Todo Silêncio*
Você me faz sentir
Como se eu tivesse explodido
-Srta. Estorvo, com seus olhos negros-
Você me faz sentir
Com um buraco no estômago
Uma enorme vontade mal saciada
Eu não posso alimentar meus sonhos
Estou tão tonta e tão perdida
Procurando por um pedaço de amor
Em alguma parte
E os pedaços de metal descem pela
Minha garganta, cortando
Não olhe pra mim, pois sou um pecado
Não olhe pra mim, pois sou um pecado
Sou sua...
-Srta. Estorvo, com um barbante no pescoço-
Lateja em minha mente
Essa definição doente
Do barulho do nada
- - -
*Todo Mundo Tem um Sonho*
As pessoas sempre perdem
Elas sempre se iludem
Acham que o amanha virá
Mas o dia se apagará
Todas elas nunca podem
Todas elas sempre fogem
De alguma coisa que elas nunca conheceram
Pois elas sempre tiveram medo
Medo de que as farpas entrassem mais um pouco
E os cegassem
Medo que o amor doesse mais que esse medo
Mas ele dói mais que o medo
É possível estar distante se meu sonho esta tão perto?
É possível existir esta barreira se eu quase sinto seus lábios aqui?
É possível você aparecer por perto nem que sejam nos meus sonhos?
Algum dia eles vão te convencer que não, mas eu te digo que sim
Eternamente atado a mim, como num pesadelo
Quando eu procuro não falar pra não ferir
Quando eu tento impedir o que não quero impedir
Se tudo isso é apenas o que eu posso sentir
Se tudo isso me faz querer fugir daqui
Você não pode me abrigar quando todos eles dizem não
Você não podem me tocar quando mandam você sair daqui
Eles te acusam descaradamente
Eles não te conhecem e te afastam da gente
Olhos em cima de mim
Olhos que não podem me ver
Quero chamar atenção
Não quero chamar atenção
"Vamos lá menino comportado
Diga a ela que eu não me importo"
- - -
*A Única Merda*
Não me julgue
Pelo meu corpo
Me julgue pelo meu cérebro
Não me julgue
Pelos conceitos
Me julgue pela minha criatividade
Não me julgue
Pela minha beleza
Me julgue pela minha ideologia
Não me julgue
Porque eu não te julgo
E você não é porra nenhuma também
A única merda é
Você não reconhecer que eu sou
Melhor do que você
Em tudo o que eu faço
A única merda é
Este ser o único motivo que
Diz que tudo indica que
Você não consegue me esquecer
Pode misturar suas
Dezenas de sentimentos confusos
A um bando de hipocrisia
Um bando de merda de hipocrisia fútil
Bonequinho de plástico e borracha
Que queima ao tocar
Não me julgue
Pelo que eu bebo ou fumo
Porque isso não é o que eu sou,
é o que eu busco
Não me julgue
Pelo meu passado destruído
Porque isso são apenas falhas necessárias
Não me julgue
Pelas minhas calças sujas de lama
Porque essa é a minha vida
Não me julgue
Porque eu não perco meu tempo
Te julgando, porra
Essa é a merda que você procurou em mim?
Porque não é droga nenhuma
Não significa nada
E não faz diferença
E quem é você afinal?
Um bando de merda barata, sem coisa alguma
Conteúdo zero, um bando de rimas
Um monte de regras inúteis
Jogue vodca e taque fogo!
- - -
*The End?*
The End?
Eu tento não pensar.
Eu tento não permitir... sentir.
Eu tento não deixar... ultrapassar
A barreira que eu mesma criei
E me tranquei.
A frieza que eu aprendi, e me orgulhei.
Eu sempre quis ser assim.
Todos querem, mas não têm coragem...
Não têm coragem de ser.
Todos querem, mas não querem dizer.
Não conseguem ser tão maus
Tão sinceros assim.
Acabou?
Ou a pausa interminável mal começou?
Minha decisão, sua decisão.
Ela é sempre minha, sempre foi e sempre será...
Você não consegue demonstrar sua opinião,
você tem medo da rejeição.
Você tem medo de eu te rejeitar.
Você não sente o amor que eu sinto
E não tem a confiança que eu preciso.
E a culpa é minha?
Não quero mais pensar.
Quero apenas beber, me embriagar,
desacordar, sumir, ir pra outro lugar,
qualquer lugar, desaparecer, evaporar...
Não quero estar
Aqui
Em mim.
Por dentro.
Você descosturou o que eu era
e pôs outro feltro,
no fundo, preenchimento.
Me encheu de lembranças suas,
saudades, vontades, nuas, cruas
Eu desaprendi de chorar.
Eu desaprendi de chorar.
Eu desaprendi...
Batendo a cabeça na parede,
chorando até os olhos arderem,
chorando até a cabeça doer,
socando a própria face (sangue nos dedos),
socando a própria face (sangue nos lábios),
ouvindo música e chorando... até dormir.
Eu não vou conseguir,
eu vou conseguir,
eu não vou conseguir,
será que eu vou conseguir
sair
daqui
de dentro
de ti?
Eu odeio me sentir assim.
Eu odeio ser dramática.
Eu sou forte, e insensível, e fria, e exata.
Eu não sinto amor, eu não sinto nada.
Porque eu sou forte, e insensível, e fria, e errada.
Destruo-me dentro de mim mesma.
E me faço sentir mais nada.
Nada que seja você.
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