O Limite


A confusão assola minha cabeça. E as pessoas me julgam, elas me julgam sem nem mesmo saber. O que eu sinto, pelo que eu passo. Nada é tão simples e fácil assim. Eu bem que gostaria. Eu bem que queria. As coisas podiam se resolver com uma simples frase, uma simples ação. Vá embora e tudo estava enfim, terminado. A dor, a tristeza, a raiva, o ódio... Também são acoplados no amor de alguma forma. Eu não sinto a mesma coisa, isso é fato. É difícil ficar imune depois de tantas pancadas severas como estas. E eu também não pretendo... Insistem, mas eu não pretendo. Estou aqui apenas ouvindo o som da minha mente, ecoando, refletindo. Eu sou apenas um bolo de confusões. É como se de repente eu tivesse parado num lapso de tempo. Numa realidade alternativa. Num limite. E nesse limite, de pé, não posso nem voltar atrás e muito menos seguir... Porque à frente, há um precipício, um abismo profundo. Recheado de pessoas apontando os dedos, inclusive eu mesma. E aí, qual decisão tomar? Ser firme e forte depois de ter se manchado? Qual é a questão? Não há facilidade alguma em coisa nenhuma. Somos todas feitas de falhas e preenchidas com erros. Eu posso ser ingênua, mas não sou ruim. Você pode ser você, mas ainda sim... Estou aqui.

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