Eu vivo de fugas
Eu vivo de meios, não vivo de fim
Eu vivo vivendo, pra sempre isolada, dentro de mim
Eu vivo uma vida
Descolorida, eu vejo o dia voar
Eu acordo tarde, me escondo dos medos e deixo a vida passar
Eu sou uma tela
De um quadro bonito, que alguém esqueceu de pintar
Me preencho com fugas, escapismos simples
Trechos vazios que não vão durar
Eu fujo do caos
Eu fujo de mim mesma, então
Eu encho o copo, eu encho os cadernos de frases vazias, em vão
Eu sou uma concha
Eu sou um sonho, criado por pura ilusão
Me dissolvo em medos e palavras puras
Pra consolar minha solidão
As horas me passam
As horas se escondem, matando o que foi impedido
Eu nasço em branco, evito o encanto - e o pranto
E morro sem nunca ter vivido
Um comentário:
Entendo bem como é isso, ando meio assim também. Acho que meio blé pra tudo, meio sem vontade ...
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