Grito Mudo Para Uma Orelha Surda [3]

*What Could (We) Do Now?*

Friamente calculado
Friamente distorcido
E explorado
Como um boneco montado

Eu sinto frio
E você não me esquenta
Eu sinto frio
E você não me esquenta

E você agora é
O que você não era
Porque antes era assim
E agora não importa mais

Eu sinto frio
E você não me esquenta
Eu sinto frio
E você não me esquenta

E quantas mentiras vão ser
Necessárias para que seja dito?
Enquanto você ri, eu choro
Enquanto você aproveita, eu me isolo
E o que você não quer fazer
Fazer para poder crescer?
Enquanto eu me ocupo
Você se desculpa...
O tempo todo, e o tempo todo sem culpa

Eu sinto frio
E você não me esquenta
Eu sinto frio
E você não me esquenta

Por que eu não mereço mais de você?
Por que eu não mereço mais por você?

- - -

*Vultos Negros*

O preenchimento do vazio está sendo feito...
Agora me resta saber o porquê
Agora me resta saber o quê
O agora só me resta...

As respostas estão sendo enviadas...
Agora me resta saber as perguntas
Agora me resta saber os significados
Agora me resta ouvir os seus resíduos

Eu sou aquilo que restou
Aquela porra que restou
Vazia, confusa e sem respostas
Vazia, confusa e sem respostas

A linha reta está sendo desenhada...
Agora me resta aprender o caminho
Agora me resta arrumar um objetivo
Só me resta o agora...

Eu sou aquilo que está no fim
Aquilo que acaba, sem nem começar
Vazia, confusa e sem respostas
Vazia, perdida e sem respostas

Qualquer preenchimento será bem aceito
E quaisquer palavras amigas serão bem ouvidas
E qualquer aviso prévio será consentido
E qualquer amigo dado será bem recebido

- - -

*Você Anseia*

e você me mima com seus espinhos
e você me enrosca como uma forca
e você me prende como um calabouço
e você afaga o meu dorso

e me desmonta como uma cobra
e então me mostra o que há lá fora
e então me destrói como o seu anseio
porque é o que anseia

e me joga como um farelo
e me esguicha como uma mangueira
e me acende, e me apaga
e me distorce como um desengano
e me desmonta como uma corda
então me mostra que é equivalente
e me entende, e me pretende
me mima com o que anseio

e me desmonta como uma cobra
e então me mostra o que há lá fora
e então me destrói como seu anseio
porque é o que você anseia...

e tão carente, como um lampejo
você excita o que eu beijo
não escorre pelo meu ralo
então me calo... então eu calo

- - -

*Você*

A maldade vem num formato sem cores
As escórias da hipocrisia reverenciam seu mundo encantado
E mais uma vez vou perguntar e responder pra você:
Como você quer conseguir se nem sabe o que você quer pra você?

Sábios almadiçoaram as suas cores
Tentando te enfurnar em algum som envidraçado
As grades que me cercam não me esfolam
Mas eu continuo aqui preso e acorrentado

Você não
Sabe
O porque
D'eu ter
Desistido
De
...

(Sinto falta de algo aqui)

- - -

*Vísceras*

Ódio, ódio, ódio
As coisas têm que se quebrar
Ódio, ódio, ódio
O sangue dela tem que jorrar
Ódio, ódio, ódio
Ela nunca irá esquecer
Ódio, ódio, ódio
AS pessoas devem morrer

Ódio, ódio, ódio
Ela não pode perdoar
Ódio, ódio, ódio
Alguma saída pra matar (o)
Ódio, ódio, ódio
Não, não posso compreender
Ódio, ódio, ódio
O que eu posso é foder você

Você não é nada!
Cale sua boca!

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