A Volta do Vazio [2]

*Saphiria*

E eu me tornei, e eu me tornei
o algo que eu não queria ser
e perdi meus sentimentos sinceros
e agora tudo é questão de frieza
e eu me tornei, algo que eles queriam que eu fosse
e agora eu fujo dos problemas
enquanto eu uso e desuso do que preciso
e então firo e machuco todos os meus amigos

o monstro fútil e cheio de pecados
chamado humano
eu sou um humano, deixei de ser um alien
e fiz isso tudo por sua culpa
porque um humano que é humano
nunca assumiria isso...

e eu me transformei, eu mudei
pra poder agradar o ninguém que se importa
porque eu nunca pude agradar a mim mesma
e provavelmente nunca poderei
e eu virei um alguém sem alma
e de alguma forma, a dor não pega mais em mim
e eu deixei de chorar e comecei a pensar em materiais
e por algum motivo nãos sinto mais dor...
não sinto dor...
e não sinto amor... eu sou um lixo

o monstro sem alma e sem coração
o qual vocês me convenceram com seus discursos podres
"engula uns sapos", "tente não conversar"
"aquela dor é maior que a sua", "amor não existe"

isso... vocês conseguiram
agora sentem em suas poltronas e me assistam
me assistam me degolar

- - -

*Sagittarius*

Solidão
Agora você pode me sentir
Gosto quando entende o que digo
Ignorando o que me faz sentir
Todo mundo tem um segredo escondido
Todo mundo tem dor pra esconder
Agora eu preciso de um amigo
Rogue uma praga pra mim e pra você
Importando-se tanto assim comigo
Unindo amor e pressão dentro de mim
Solidão, quero você comigo, preciso de você, no fim.

- - -

*Sacrifiquem a Cabra*

lembranças embrulhadas
que assombram o presente
porque influenciam
sua felicidade atual
aquilo em que você confia

é uma tortura assombrosa
e você tenta se manter
pra se manter
sóbrio
sóbrias são essas mentiras
que arranham minha confiança
de um jeito que ela quase...
trinca

um jogo de pecados
aceitos pela sua moral
não-aceitos pela ética
o que eu tenho que tolerar
pra continuar confiando
no meu sentimento

lembranças embrulhadas
que assombram o presente
que foi distorcido por você
querendo honestidade
cumplicidade
e reciprocidade

mas você só conseguiu a vergonha

- - -

*Rubber*

Você é meu amor, meu amor,
Meu amor de borracha
Meu amor de plástico, que queima quando eu toco

Você é meu amor, meu amor,
Meu amor de fibra de carbono
Você dá choque quando eu entro em contato

Quem é que afogou suas mágoas?
Quem é que limpou sua mente?
Quem é que te acariciou o rosto?
Quem te protegeu sem esperar... Nada em troca?

Você é meu amor, meu amor,
Você é meu amor de pano
Você é meu amor de silício, você se quebra ao tocar o chão

E você é meu amor, meu amor,
Meu amor de madeira
Você é meu amor gás carbônico, soprado pelo vento

Quem é que te disse palavras sinceras?
Quem é que cumpriu todas as promessas?
Quem é que estava contigo, contigo...
Quem é que te fez companhia dentro do vidro?

Não adianta mais fugir da realidade
Não adianta mais mentir pra si mesmo, duas, três ou quatro vezes
Assuma de uma vez, assuma de uma vez
O pecado escondido, o desejo velado, os 7 pecados
O que mais você fez? O que mais você fez?

- - -

*Rótulo*

nunca boa o bastante
eu serei
nunca boa o bastante

e olha só
o pecado rude que eu vou cometer
eu vou amar de novo
e vou cair de novo

nunca boa o bastante
nunca pra me prender
nunca boa o bastante

grite pra eu poder ouvir você

então ouça
o pecado rude que eu vou cometer
eu vou cair de novo
porque vou confiar de novo

nunca boa o bastante
nunca boa pra você
nunca boa
sempre errada
nunca certa
nunca assim

sussurre enquanto meus ouvidos doerem

por mim eu poderia
poderia deixar de ser assim
poderia
perder toda a confiança
mas você nunca
nunca ia deixar

grite mais pra eu poder ouvir você
vamos, grite agora
vamos, grite agora
agora eu quero ver

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